segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O vil Reign In Blood


Estive, no último sábado, numa dessas lojas grandes que costumavam ser livrarias e hoje podem ser consideradas completamente multimídia, vendendo desde livros até DVDs, CDs e jogos de videogame. E, andando pelos stands de ofertas, vi lá o Reign In Blood, um daqueles discos usualmente citados entre os cinco melhores de qualquer headbanger que se preze. 

Paguei então os quinze paus pelo álbum e o levei pra casa com um pensamento: por que raios eu nunca fui lá muito com a cara do Slayer?

Certo, certo, eu admito essa falha no meu caráter headbangerístico e posso dizer que hoje até eu mesmo me considero um poser, pois o Reign In Blood não é um dos clássicos malignos do heavy metal à toa: hoje eu compreendo isso completamente.

Não tem uma única faixa no álbum todo que possa se caracterizada como fraca. Mais do que isso, depois do início com Angel Of Death você acredita que o álbum só pode ir decaindo, mas o que acontece de fato é que ele vai melhorando e melhorando. E quando você termina de ouvir Postmortem achando que nada poderia superar aquilo tudo então vem o som da chuva e o riff sujo e cruel de Raining Blood fechando o álbum de forma assustadora.

Ao final a gente acaba concluindo que se algum álbum pode ser chamado de maligno em todo o thrash metal é esse aqui. Os riffs são sombrios, as partes cadenciadas são hipnóticas, os berros de Tom Araya são aterrorizantes, os solos da dupla King e Hanneman são caóticos e barulhentos e, por fim, mas não menos importante, a performance de Dave Lombardo é desesperadora, como se a vida dele dependesse de tocar os bumbos à velocidade da luz.

Mal do começo ao fim. Esse é o Reing In Blood, um dos imortais clássicos do heavy metal.

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