segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os melhores de 2010

2010 está terminando. Hora de olhar para trás e ouvir novamente os lançamentos do ano e decidir aquela famosa lista de favoritos. E, tenho que admitir, 2010 foi bem legal para o heavy metal, com muitos discos de qualidade e algumas boas surpresas. Mas é impossível comentar álbum por álbum. Exatamente por isso será mais fácil analisar mês a mês e elencar aqueles que se destacaram.  

Janeiro começou fraco. Mesmo assim, Ironbound, dos veteranos thrashers do Overkill, agora no cast da Nuclear Blast, e To The Metal, do Gamma Ray, foram muito bem recebidos pelos fãs. Mas o grande destaque do mês é The Never Ending Way Of ORwarriOR, dos israelenses do Orphaned Land, um dos grandes discos de 2010.

Em fevereiro as coisas começaram a acelerar e muitas bandas conseguiram se destacar em meio a um mar de lançamentos. Qualquer um entre Universal, do Borknagar, Easton Hope, do Orden Ogan (uma das boas novidades da Alemanha), Everything Remains As It Never Was, do Eluveitie (que toca no Brasil em fevereiro de 2011) e Festival, do Jon Oliva’s Pain, poderia ser o destaque do mês. No entanto, essa honra é de Strings To A Web, do Rage. O trio alemão se superou e conseguiu superar seu (bom) disco anterior com uma folga enorme.

Março não conseguiu um representante que me agradasse a ponto de ser citado aqui, mas abril foi repleto de bons discos se você é apreciador de metal melódico. O Rhapsody Of Fire lançou o bom The Frozen Tears Of Angels, mostrando uma evolução monstruosa em seu tarantela metal, e o Avantasia concluiu sua trilogia com dois lançamentos simultâneos, Angel Of Babylon e The Wicked Symphony, onde o destaque é a constelação de convidados, em especial Klaus Meine, do Scorpions, e Jon Oliva, que teve uma participação brilhante na faixa Death Is Just A Felling, do Angel Of Babylon.

Três pancadarias monstruosas merecem serem citadas entre os destaques de Maio, Discipline Of Hate, do Korzus, Exhibit B: The Human Condition, do Exodus, e o auto-intitulado disco de estréia do Musica Diablo. Além disso o Nevermore lançou The Obsidian Conspiracy, e o Pain Of Salvation abraçou o rock dos anos 70 em seu Road Salt One. O grande destaque é a brasileira Madgator, que enfim conseguiu lançar seu primeiro álbum, auto-intitulado, mostrando um hard rock/heavy metal muito acima da média.

Dois álbuns se destacaram sozinhos em junho e julho, respectivamente. The Seraphic Clockwork, do Vanden Plas, já resenhado neste blogue, e At The Edge Of Time, nono álbum do Blind Guardian, que era muito aguardado pelos fãs e agradou de forma quase unânime.

Agosto foi um mês bastante movimentado, com os lançamentos de Aqua, do Angra, e Heaven’s Venom, dos canadenses do Kataklysm. Dois discos poderiam ser citados como destaque do mês, Blood Of The Nations, do reformulado Accept e The Final Frontier, do Iron Maiden. Fico com o álbum dos alemães, que conseguiram soar dentro de suas características, mas com uma pegada rejuvenescida.

Poetry For The Poisoned, do Kamelot, Made Of Metal, do Halford, Consequence Of Power, do Circle II Circle, Sitra Ahra, do Therion, Static Impulse, de James Labrie, e Abrahadabra, do Dimmu Borgir colocam o mês como um dos mais intensos de 2010. O grande destaque fica com Relentless Retribution, do Death Angel, cuja turnê trouxe a banda ao Brasil pela primeira vez.

Outubro teve a tentativa do Helloween de voltar ao heavy metal com o razoável 7 Sinners. Mas quem recuperou algum status foi o Grave Digger, com o ótimo The Clans Will Rise Again. Os veteranos do Forbidden voltaram à cena com o pesadíssimo Omega Wave, e o grande destaque fica sendo Unrestricted, do Symphorce, já resenhado neste blogue.

Os lançamentos de novembro foram completamente ofuscados por Victims Of The Modern Age, novo álbum do projeto Star One, de Arjen Lucassen, dono também do Ayreon e do Guilt Machine. O disco traz atuações belíssimas dos vocalistas Floor Jansen, Damien Wilson, Dan Swanö e Russell Allen, além de conseguir se igualar ao disco de estréia, Space Metal, de 2002, algo que nem os fãs mais fanáticos poderiam imaginar.

Dezembro ainda não terminou, mas acredito que todos devem concordar comigo que nada baterá The Wörld Is Yours, do Motörhead, certo?

Em síntese acredito que, se tivesse que escolher apenas cinco dentre todos os que mereceram serem citados, acho que ficaria com os álbuns de Orphaned Land, Rage, Madgator, Symphorce e Star One, abrindo aí a possibilidade de um deles cair fora para abrigar o próximo clássico de Lemmy e Cia.